Ontem fiquei um pouco perturbada com uma coisa que me disseram os meus novos vizinhos (adolescentes), são irmãos, aliás, têm uma família enorme são pelo menos 5 irmãos e irmãs de origem Kosovar.
Estávamos nós no parque com a pequena, que eles adoram, quando iniciámos diálogo:
Como não sei o nome identifico-os por A1 e A2
M: Então as férias estão quase a acabar não é?
A1: Sim, a escola começa quinta-feira.
M: Andam em que escola?
A1: Na ........
A2: Em breve será o CO.
CO, penso que seja o nível escolar, portanto fiquei a saber o mesmo.
Eu: Ah e vocês são gémeos?
A1 Afasta-se
A2: Não, somo gémeas, ela pensa que é rapaz mas é uma rapariga.
Eu e M: !!!!!!!!!!!!
Bem, aqui é que está o hic, ou seja, eu sempre pensei que ele ou ela fosse rapaz, veste-se como tal, corte de cabelo como tal, etc.
Acho que a minha pergunta feriu um bocadinho, visto que se afastou logo, e a resposta da irmã não foi melhor.
O que me perturba nisto tudo não é o facto de se fazer passar por um rapaz. Eu e o marido pensamos que talvez seja hermafrodita (tem os dois sexos), ou talvez seja uma adolescente que não se sente rapariga, como muitas vezes ouvimos os transexuais ou homossexuais dizerem que desde crianças se sentem diferentes.
O que me perturbou, foi a reacção, o afastamento, pensar como a família vive este facto (aparentemente bem).
Fui eu que fiz a pergunta, sinto-me culpada, mas não os conheço bem para me meter na vida deles.
Espero que não se afaste, por pensar que nos perturbou ou que a vamos discriminar, espero ainda ter oportunidade de lhe mostrar isso mesmo.
O certo é que ainda não consigo vê-la como rapariga.
As férias, 3 semanas em Portugal, passaram demasiado depressa.
Este ano desliguei-me da família (tios, primos, e outras pessoas) e só assim é que consegui uns míseros 4 dias de praia, nos quais consegui ficar mais bronzeada que a minha irmã (o sol pega-me bem, lol), acho que depois de 3 anos sem praia, nunca me vi a ganhar cor tão rapidamente como desta vez !
A pequena teve o primeiro contacto com a areia, que foi muito desagradável, e foi preciso obriga-la a sentar-se e brincar com a areia para ela se ir habituando, depois desse primeiro impacto, a coisa lá evolui e até comeu areia.
Já o mar, não gosta sequer de estar perto nem ao colo, a água é fria e o barulho assusta. Apenas um dia em que se formavam pequenas poças, onde as crianças podiam brincar à vontade, é que ela deixou a mão e foi por vontade própria chapinhar na água, isto até ter engolido uns pirolitos e lá se foi a empatia com a água.
Eu também fui a banhos, já não me lembrava de como era fria, e muito menos do sabor horrível da água, blherk!!!
De resto, o mesmo de sempre, saltar de casa dos pais para casa dos sogros, enervar-me por estar parada ou ter de esperar quando podia estar a aproveitar mais a praia, enfim há coisas que não mudam e a tampa esteve quase para saltar.
As amigas, sempre do melhor!
E passou-se assim.
A Mia, bem, essa... ficou por Portugal, é verdade.
No dia da partida ela resolveu esconder-se, e nós não podiamos esperar o dia todo por ela, sei que está bem, tem muito mais espaço e pode sair, mas vou sentir falta dela e a pequena também.
...ou será um pouco humor negro...não importa!
A primeira coisa que vi quando chegámos a casa e ligámos a tv num canal suíço foi um alerta sobre a gripe A.
Eu gostei, lol, ora vejam!
Fim de férias!
Pois é, acabou-se, estamos de volta.
E como é normal, tenho montes de coisas para fazer, ou melhor, desfazer...malas, lavar roupa, arrumar, fazer as compras porque nunca deixamos nada no frigorifico, etc e tal.
Por cá está um calor!!!! Espero que seja para durar assim, pelo menos, mais um mês!
Até jáaaa!!!
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