Frio, muito frio.

Estou de volta, a viagem de regresso foi desesperante, entre duas horas de atraso e uma miúda aos pulos o tempo todo, ainda tive que levar com duas companhias...que nem consigo encontrar um nome para lhes dar.

Vindo de um casal de velhos, sentados ao meu lado, ouvi disparates de todo o tamanho, desde a miúda ser pobre porque não tem brincos (não tem as orelhas furadas), o meu marido não pode ser alto porque a miúda é pequena (tenho que ter uma conversa séria com a peuricultora que me diz que ela está a cima da média em altura).

A lata da velha de pedir bolachas à garota, "dá bolachinha a mim, dá", e como ela esticou o bracito, toca de lhe sacar metade da bolacha!! À segunda tentativa não teve tanta sorte.

A velha tosse e logo de seguida pega no doudou da menina, fiquei danada, logo numa altura de gripe suína, com todos os pedidos de cuidado higiénico, bem...peguei no doudou e enfiei-o num saco.

Tirei outro boneco (com musica e luz, oferecido pela tia, logo, estava novinho), na tentativa de distrair e adormecer a piolha, a velha começa a brincar com a garota e esconde-lhe o boneco, onde? Debaixo do sovaco, está claro!!!!

Boneco directamente para dentro do saco, foi fazer companhia ao doudou.

Mal cheguei a casa, meti tudo a lavar.

Se eu pergunto o preço do tabaco, é porque quero comprar?!

Se eu falo em francês para o stuart, hospedeiro, ou lá como se chama, tenho que falar em português porque ele fala português. Eu é que tenho a mania, porque ele até tinha um letreiro na testa a dizer as línguas que fala.

Quando o avião começa a descer e a preparar-se para aterrar (graça à deus, né), "ai, tenho medo", helloooo, o marido está do outro lado, e ela vem quase em cima de mim a olhar pela janela e a agarrar-se ao meu braço, perna, o que calhar????

Bem, só vos digo, é muito fixe passar à frente de todos, mas não sou eu que escolho quem se senta ao meu lado! Enquanto me lembrar deste episódio não volto a viajar sozinha com a garota.