...em que fico a pensar, e a pensar, e a cismar!!!
E chego à conclusão que não devo ser boa pessoa, talvez não seja bem esse o termo, talvez eu seja uma pessoa pouco interessante, ou muito diferente, ou demasiado normal, sem picante, sei lá!
E isto porquê?
Quando olho o meu passado, vejo apenas uma única e grande amiga, daquelas em que quase todos os fins de semana dormíamos ora em casa de uma ora em casa da outra, essa foi e é a verdadeira amiga de infância, depois o tempo encarregou-se de nos afastar, mas continuamos a ter contacto.
De resto vejo muitas pessoas que passaram, mas nunca mais encontrei aquela amizade, tentei mas não resultou e acabei por não procurar mais.
Quanto à família, amizades demasiado diferentes, apesar de eu tentar manter algum tipo de convívio, muitas vezes forçado. Mas tenho aquela noção de ser uma pessoa facilmente esquecida.
Ainda assim, tenho com a prima mais velha muitas mais recordações, muito mais contacto. Aquela que se lembrava e lembra, não por não ter mais ninguém , mas apenas porque sim, sem ser forçado.
Com a minha irmã, bem, idades diferentes, feitios diferentes. Não frequentamos os mesmos sítios, nem as mesmas amizades, ela é geração rebelde e eu não, lol. Ela cresceu com as amizades de infância e eu nunca aceitei muito bem as pessoas lá da terrinha para onde me mudei, nenhum adolescente gosta de mudar de vila, de escola, de turma, tudo muda!
Nos tempos de universidade, aí sim, saí do casulo em que me fechei, encontrei grandes amizades, reencontrei velhas amizades, que continuam até hoje, mesmo estando longe, quando chego a Portugal sei onde e quando as posso encontrar, sem ser preciso convite, sem se preciso combinar dia nem hora. É disto que eu gosto! Sabem que vou chegar e eu sei que estão à minha espera!
Encontrei o meu melhor amigo, que é o meu marido, apesar do dissabor de termos família cruzada! Talvez o meu maior problema actual, e o que me fez pensar e cismar.
Porque sinto que essas pessoas não têm grande respeito por mim, não se privam de usar e abusar do meu nome, de me quererem meter contra uns e outros, quando nem sequer me vêm como uma amiga!
Mas o pior! É que não estou nem aí, porque não lhes devo nada, nem sequer o valor da amizade, não tenho nada a retribuir. Acabaram-se os ouvidos e os conselhos imparciais.
Portanto, to bad, não, não temos pena, se ouvirem aquilo que não querem, se for seca e amarga quando merecerem.
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